Tenho PAIXÃO ou VICIO pelo TRABALHO?
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Tenho Paixão ou Vício Pelo Trabalho?

Claudia Klein na Revista Gestão de Negócios

 

Há os que defendem a postura, especialmente no mundo das micro e pequenas empresas. Há muita exigência quanto à qualidade de produtos, serviços, atendimento e logística.

Mas é possível ser um workaholic e ter uma vida satisfatória?

Segundo especialistas, dificilmente.

“Para alguns donos de empresa as vantagens de ser um viciado são visíveis no curto prazo, quando ele consegue realizar um conjunto grande de atividades estratégicas e operacionais com rapidez e excelência e em um curto espaço de tempo”, analisa a coach Claudia Klein.

Porém, manter todas essas características em todas as relações estabelecidas com fornecedores, clientes e funcionários é um desafio e tanto – e possivelmente impossível de ser concretizado sem que algum dano, seja vida pessoal ou na saúde.

“Particularmente não vejo vantagem alguma em ser workaholic, pois é um distúrbio que afeta o próprio indivíduo e os que o circundam.”

Para se ter acesso não é necessário ser um viciado em trabalho.

Não devemos confundir distúrbio com engajamento e dedicação à entrega de produtos ou serviços’, opina o professor Paulo Oliveira.

A indicação dos profissionais é que o empreendedor largue os hábitos de um compulsivo e se torne o chamado worklover.

Claudia Klein acredita que a principal diferença refere-se a definição de trabalho e motivação.

Para um workaholic, há uma separação muito clara entre trabalho e vida pessoal: sua motivação é gerar resultados e ser reconhecido. seja por clientes (caso seja um microempresário) ou pelo empregador.

“Para o worklover. trabalho significa realização pessoal e por isso vai buscar atuar em uma atividade ou empresa que não só viabilize a geração de resultados, mas que propicie sua integração com suas preferências e interesses. A motivação de um worklover é transformar em trabalho aquilo que o motiva na sua vida pessoal. O workaholic aprecia a realização de algo, o worklover valoriza o processo de realização de algo”, conclui.

O professor da MIS Business School lembra que o viciado no trabalho faz muitas coisas ao mesmo tempo, com baixo índice de eficácia. pois não termina a maioria delas.

Está sempre com prazo apertado e há a tendência de adiar suas férias inúmeras vezes. Causando impactos negativos na própria família que já se acostumou a ouvir que “ainda está no trabalho”.

O apaixonado pelo que faz é engajado e mergulha em projetos desafiantes, mas dita seu tempo pela data de entrega. Parando para recarregar as baterias quando sente que é necessário.

Mas não se desespera ou esquece que possui uma vida além de sua mesa.

 

 

– Por Claúdia Klein

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