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Mudar é Arriscar? Sempre! Click Coaching

Acho que se sentir motivado com nossa atividade profissional é o sonho de consumo do mundo moderno, risos.

Não são poucas as pessoas, em diferentes estágios da vida profissional, que nos procuram com esse anseio: se sentir realizado com aquilo que faz, ter motivação para acordar de manhã e ir trabalhar sorrindo… Há um ditado antigo (não sei a origem) que diz algo assim: “faça alguma coisa que realmente gosta e não terá que trabalhar um único dia da sua vida.

Pois é, imagine como se sente alguém que, acreditava ter essa empolgação com sua profissão e resolve assumir novos desafios profissionais, por algum motivo as coisas não aconteceram conforme o planejado e essa pessoa teve que retornar à situação anterior. Mas, ao resgatar esse passado, não consegue mais se sentir realizada como antes. Difícil, não? Essa é a situação relatada pela Vivian, que mandou um email para a coluna, [email protected], e nos pede para apoiá-la nessa reflexão.

Ela está formada há três anos e sempre foi muito empolgada com a sua profissão. Porém, depois de uma mudança de cidade e de nova experiência profissional, não se sentiu bem no local escolhido para morar e retornou à sua cidade. Ao chegar, reassumiu  um antigo trabalho, porém, as coisas não vão indo bem. Reclamar da vida e um certo sentimento de insatisfação com o que está fazendo hoje tem sido frequentes. Natural que nos pergunte: “Será que devo mudar de trabalho? Será que devo repensar minha profissão, o que vcs recomendam?”.

Acho que um bom começo é resgatar o momento em que você decidiu mudar.

  • Em que contexto isso aconteceu?
  • Quais as vantagens e desvantagens que você, na ocasião, identificava na situação que tinha e na situação planejada?
  • Será que a empolgação que menciona também não era acompanhada de dúvidas, incertezas, desejos de mudança, questionamentos? Se sim, quais eram? E porque?

Depois sugiro que reflita sobre os motivos que a fizeram retornar à sua cidade. Confronte aquilo que você imaginou com aquilo que você encontrou ao chegar lá.

  • O que você idealizou aconteceu? Ou será que você superestimou o cenário futuro?
  • Como você se sentiu na nova cidade e na nova atividade? O que gostou e o que não gostou? Do que sentiu falta?
  • Ao decidir retornar à sua cidade, você “saiu correndo” da situação anterior ou planejou e gerenciou o “caminho de volta”?
  • Que história contou “aos outros”?

O quê acho importante que avalie é se essa insatisfação e consequente reclamação da vida, não estão sinalizando, na verdade, um sentimento de frustração. Por isso, acho importante responder aos questionamentos acima. Talvez esteja sentindo tudo isso hoje, porque se sente decepcionada, frustrada com você mesma, por ter “fracassado”. E aqui é preciso que seja um pouco mais tolerante com você mesma.

Uma decisão de mudança como essa que tomou, envolve muita coragem e expectativa, sua e dos que são próximos a você, você precisa se enxergar como algém que foi capaz de ousar, que apesar de estar bem na sua situação atual, abraçou uma nova oportunidade que naquele momento, com certeza, se mostrava promissora, por algum motivo. Não ocorreu tudo exatamente como o esperado? Tudo bem! O risco de voltar atrás em uma decisão existe somente para aqueles que tentam algo novo, para os que são corajosos e capazes de promover mudanças.

É importante que responda, com vontade, à pergunta:

  • O que ganhou com essa experiência?

Você vai ver que não ganhou pouco, mesmo com as coisas “não tão boas” que, eventualmente, tenham acontecido, eu ouso afirmar que você trouxe na bagagem uma rica experiência de vida.

Pensar em mudar de trabalho agora pode ser precipitado, há o risco de você trocar de ambiente novamente e não reencontrar sua motivação, porque pode ser que os motivos que a deixam entristecida hoje, não estejam ligados ao ambiente externo e sim a como você o está enxergando agora.

Então, sugiro que reflita sobre sua experiência com todo esse processo de mudança, que veja o lado muito bom dessa história, que tente não se culpar, que não permita que o sentimento de derrota prevaleça. Ao invés disso, sorria com os erros e acertos, aprenda com as perdas, celebre os ganhos e reconheça que, diferente da maioria das pessoas, você tem força e coragem para promover grandes mudanças.

E aí use essa mesma força e coragem para planejar seus próximos passos profissionais e volte ao primeiro conjunto de perguntas, comparando sua atual situação com as possibilidades que enxerga.Pode ser que o resultado seja mudar de trabalho, de profissão, ou não. O importante é que ir ou ficar seja uma decisão e não uma fuga.

Sorria e fique com você!

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1 Comentário

Vivian, tente encontrar dentro de você algo que a faça lembrar os motivos pelos quais você sentia empolgação, como o próprio texto disse. Aconteceu comigo algo parecido, mas acredito que mais frustrante. Fui contratada como recepcionista numa empresa e sou formada em comunicação. Recebi um convite para atuar nas duas funções, com expectativa de me contratarem depois na comunicação. Após 6 meses, eu já estava com uma super expectativa de chegar o dia de eu ser realmente contratada para a minha área de formação. Fui conversar com meu chefe e o mesmo disse que não teria previsão para isto acontecer. E o pior, disse que se eu estava me sentindo sobrecarregada com as duas funções, era para eu voltar somente à minha função de recepcionista. Para mim foi um banho de água fria! Depois de 6 meses dando duro e mostrando serviço, no fim, não adiantou nada o que fiz. Então sinta-se feliz, pois você atua em sua área, e isso hoje em dia já é uma GRANDE coisa, viu!? Pense que está encontrando apenas alguns obstáculos no caminho, e que em breve você irá superá-los e redescobrir o prazer de atuar em sua área! Desejo sorte e tudo de bom!