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Com ou sem dinheiro, viaje

Com ou sem dinheiro, viaje

Viagens não são gastos, mas investimentos.

Sexta-feira bate aquela vontade de sair do trabalho e ir para algum diferente. Pode ser aquela cidade que você tanto gosta, pode ser desbravar lugares inexplorados. Mas aí vem aquela questão que atrapalha essa e tantas outras vontades: o dinheiro. Tudo bem, ele é importante e não dá para pagar taxas de hospedagem nem comprar passagens sem ele. Porém, você viaja para esbanjar ou para saciar aquela sede de ir a um lugar que lhe faz bem, de vivenciar novas experiências?

O que vale aqui é o imaterial: o desejo, a curiosidade, o sentimento, a aventura. Se você viaja pelo material, por querer provar que tem como bancar uma viagem, pode estar na hora de reavaliar suas prioridades e começar a viver mais para si e menos para os outros.

De repente você está esperando o momento certo, financeiramente falando, para fazer aquela viagem que sempre sonhou. Mas ora, quem garante que esse momento virá? Se fosse assim, muita gente jamais teria saído da própria cidade, casamentos não seriam feitos, mulheres não teriam filhos. É importante se programar e ter um planejamento para garantir segurança econômica, mas se você se privar tanto de correr riscos, seus sonhos podem nunca se concretizar.

Ah, mas além da passagem e da hospedagem, tem os gastos da viagem em si. Comida, passeios, suvenires… Ora, jantar no topo da Torre Eiffel, com as luzes parisienses brilhando abaixo, sem dúvidas é muito tentador. Mas você acha mesmo que essa é a vida que os franceses levam? Coma naquele restaurante da esquina mesmo. Por que gastar rios de dinheiro com atrações descaradamente turísticas se você pode experimentar a vida de um lugar do jeito que ela realmente é vivida? Foi àquela praia linda e quer trazer um presente para a sua tia? Não precisa comprar aquela rede caríssima. Que tal pegar uma concha bem bonita no mar e dar de lembrança?

Não é para ir a Roma e deixar de visitar o Coliseu, mas se aventure pelas ruelas da cidade e coma uma fatia de pizza naquela cantina que só os moradores conhecem. Ora, mas se só eles conhecem, como vou saber onde fica? Pergunte. Relacione-se. Sabe quando dizem que são as pessoas que fazem um lugar ser tão bom quanto é? É verdade. Paisagens naturais e monumentos arquitetônicos ajudam bastante, mas são apenas aquela camada que vemos primeiro, antes de chegar às outras. O desconhecido pode ser bem mais interessante que aquela estátua com a qual todo mundo já tirou foto.

Na maioria dos casos, os gastos em uma viagem são pura opção, com exceção de hospedagem e passagem – e mesmo estes podem não ser tão caros assim.

Aliás, aí está uma palavra muito negativa: gasto. Se posso lhe prometer uma coisa, é que nenhuma viagem é gasto, mas investimento. Ao viajar, você está investindo em novos conhecimentos, uma visão diferente do mundo, a experimentação de culturas distintas. Você pode voltar sem um tostão furado no bolso, mas ainda assim muito mais rico do que era quando foi.

Ter um passaporte carimbado, falar outras línguas e compreender culturas diferentes não são necessariamente grandes conquistas, mas pequenos hábitos de um estilo de vida saudável e enriquecedor. Dinheiro vem e vai. Se é para ele ir, que seja para proporcionar experiências inesquecíveis.

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