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“Guia Gastronômico das favelas do Rio”, destaca as refeições nas comunidades e o Salada confere história de empreendimento de sucesso

“No morro também se come bem!” Esta é afirmação que Sérgio Bloch, especialista em comidas de rua com dois livros publicados, enche a boca para dizer para o lançamento do livro “Guia Gastronômico das favelas do Rio”. Em parceria com Inês Garçoni, ele aproveitou para reunir, em uma publicação, 22 bares e restaurantes de dez comunidades, todas pacificadas, enquanto filmava um documentário nas favelas do Rio de Janeiro.

SAM_3102Nós, do Salada Corporativa, adoramos uma grande história de empreendedores e sempre procuramos passar as melhores dicas, dos mais variáveis assuntos, para você. Desta vez resolvemos subir o morro para testar algumas das indicações e averiguar se o que se fala é o que se come.

“Nunca feche as portas por ninguém”

SAM_3105Vidigal foi à primeira parada. No livro de Sérgio é possível antes de saborear os pratos degustar um pouco sobre a história da comunidade. Ele percorreu três estabelecimentos. Um deles foi o Bar Lacabaco que fica na Avenida Presidente João Goulart. O carro chefe da casa é um medalhão à piamontese, por apenas R$21,00, servido aos sábados. Segundo Sérgio, a carne é macia e saborosa. O Salada provou o prato da sexta feira. Um maravilhoso Filé de Peixe com Purê de Batata ao molho de Camarão, por apenas R$ 13,50. Acredite amigo, uma pechincha!

O Bar Lacubaco é propriedade do Casal Fábio e Fabíola. Ao chegar, você já é surpreendido pela bela vista. Você almoça no Vidigal com os olhos voltados para o mar. Maravilha não é mesmo? Antes, o cliente é bem recepcionado, podendo ter o prazer de ser atendido pelos próprios chefes, mantendo o clima receptivo e aconchegante.

Há três anos…

Foi exatamente este o período que o local possui. De acordo com Fabíola, tudo começou após o pai herdar o espaço da avó dela. Na época, ela já exercia sua profissão em que é graduada: fisioterapia e seu marido motorista de van. Como sempre manteve o sonho do próprio negócio, acreditou que transformar aquele espaço em seu maior desejo era o caminho. Foi então que inicialmente abriu um bar. “Mas bebida não dá lucro”, afirmou Fabíola que percebeu isso em três meses de existência do estabelecimento.

Fábio e Fabíola, chefs do Bar Lacubaco, no Vidigal

Fábio e Fabíola, chefs do Bar Lacubaco, no Vidigal

O problema de tirar a ideia do papel era sua atual profissão e seu marido se encontrava doente no momento. Mas perseverou, e mesmo insatisfeita com o bar, resolveu transformar tudo em um restaurante. Funcionado de 11h30 as 16h, o Bar Lacubaco, teve mais uma surpresa: a sócia, que era também a cozinheira, abandonou o barco e a deixou sem ter quem fizesse as refeições. Tiveram que se desdobrar ainda mais, pois ainda atendia como fisioterapeuta e seu marido ainda não estava totalmente recuperado. Foi neste exato momento que descobriu que estava grávida.

Em busca por novos funcionários, já que nenhum cozinheiro parava no emprego, Fábio e Fabíola arregaçaram as mangas e foram para a cozinha. Somente os dois  para cozinhar e atender a clientela. Neste difícil momento do negócio ela não pestanejou e guardou consigo os ensinamentos da prima que mantém uma casa de matéria de construção: “Nunca feche as portas por ninguém”. Segundo Fabíola, o importante era firmar o ponto e não desistir nunca.

Hoje, procurando se especializar, eles pretendem voar mais alto com o Bar Lacubaco. No momento já concentram esforços para atender também festas para grupos com um Buffet que mantém a qualidade do negócio.

Viu como uma simples ida ao restaurante pode servir de motivação? Em breve apresentaremos outras histórias e dicas para você.

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