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Estou Grávida, e Agora? Click Coaching

Juliana nos escreve pedindo ajuda e afirma aguardar ansiosamente pela nossa resposta. Não seria diferente com qualquer outra pessoa no seu lugar, ela descobriu que está grávida na reta final de um longo processo seletivo que está participando e tem dúvidas se deve desistir agora ou se deve participar da entrevista individual com a gerente da área.

Começo parabenizando a Juliana pelos dois grandes motivos,  seu desempenho nesse processo seletivo e pela linda notícia da chegada do bebê. Começo também concordando que nem sempre as coisas que desejamos muito e reputamos como muito boas, podem se concretizar ao mesmo tempo.

Infelizmente a escolha de uma, pode acarretar na eliminação ou na postergação de outra. Mas temos sempre que acreditar que o que acontecer é o melhor para nós.

Lógico que ela deve ir à entrevista individual com a gerente da área e, deve realizá-la com toda energia e vontade para conquistar essa vaga. Ela já iniciou uma “relação” com essa empresa e finalizar esse processo de forma atenciosa se mostra extremamente positivo para ambos.

Sugiro que inicie a conversa informando que fez questão de comparecer a entrevista porque a empresa e a vaga a interessam muito e participar dessa conversa individual é uma oportunidade não só para apresentar um pouco mais de si, mas também para conhecer mais sobre a empresa e a atuação da área.

Na seqüência é só continuar a entrevista naturalmente, falar das suas experiências, expectativas de carreira e sobre qualquer outro assunto trazido pela pessoa que estiver conduzindo a entrevista.

Um bom momento para puxar o assunto e comunicar a descoberta da gravidez é quando perceber que a entrevista está se aproximando do fim. Pode ser interessante retornar o início da conversa, a sua motivação por estar participando do processo e dessa entrevista.

Conte sobre sua gravidez, reforce que ficou sabendo depois do início do processo e que não deixaria de comparecer a entrevista porque tinha muito interesse em conhecer mais sobre a empresa, a vaga e, também, se apresentar pessoalmente.

Depois ela pode confirmar o prazo para preenchimento da vaga e se disserem que é imediatamente, não deixar de se colocar à disposição para conversas futuras, assim que eles julgarem pertinente. Não deixar também de agradecer o tempo da pessoa que está fazendo a entrevista e sinalizar que as informações passadas foram muito úteis para reforçar positivamente a imagem que você já tinha sobre a empresa.

A expectativa é que a entrevista acabe de forma cordial e em clima de “portas abertas”, mas caso, por qualquer motivo, a entrevistadora não se mostre compreensiva ou seja indelicada por achar que “perdeu” tempo, a recomendeção é se retirar com a mesma delicadeza, e com uma certeza: essa empresa e esse gestor não representam um bom lugar para se trabalhar.

Não tenha dúvidas que outras possibilidades aparecerão e, quem sabe, até mesmo na mesma empresa, caso goste da área e do seu posicionamento.

Pense também em aproveitar esses meses que antecedem o nascimento do bebê para, além de planejar sua chegada, investir em iniciativas de desenvolvimento e atualização profissional. Participe de eventos, palestras e cursos da sua área, assim, se manterá conectada com o mercado e aumentará sua rede de contatos.

Sucesso e muitas felicidades para você, para a família e para o bebê que vem chegando!

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10 Comentários

A candidata não deve se constrangir por estar gestante, tenho funcionárias que passam por esse maravilhoso momento,e, o desempenho continua bom e em alguns casos melhorou !
Vale ressaltar o profissional existente em cada pessoa colaboradora do crescimento da empresa.
Em minha opinião as funcionárias sempre serão tratadas de forma gentil e cordial, independente de seu estado de saúde !
As excessões serão avaliadas a cada caso.

Olá Ferraz,
obrigada por contribuir. Fico mesmo na torcida que nenhuma mulher em situação similar a da “Juliana” passe por situações difíceis junto a recrutadores e/ou gestores.
Concordo totalmente com voce de que gravidez não deve ser visto como fator gerador de um desempenho abaixo da média.
Que bom que tem vivido e demonstrado outra forma de lidar com essa situação.
Abraco.

Bom dia!!!
Antes de iniciar, quero parabenizar seu blog, não foi atoa que a Leda a convidou para Sem Censura de ontem!!

Passei por esta mesma situação que a Juliana. Porém com a diferença que já tinha feito a entrevista, feito os tstes admissionais e começaria a trabalhar no dia 05/09. Mas no dia 31/08 descobri a gravidez. Imediatamente liguei para o gerente da empresa e o informei sobre o fato, ato que foi bem visto pelo gestor, pois por ética não esconderia este fato, pois, ao meu ver com certeza após a licença maternidade poderia ser descartada, já que a credibilidade sobre meu profissionalismo estaria abalado. Infelizmente quase 30 dias depois perdi o bebê (29/09) e não sei se fiz o correto, mas enviei um e-mail em resposta positiva à minha atitude, informando a perda, para quem sabe, AINDA ter a oportunidade.
Sendo assim, Juliana, curta essa gestação, acredite num futuro próspero e além de se manter informada sobre sua área de atuação, há sempre soluções alternativas para ter uma renda extra. Desejo muito, mas muito boa sorte na sua gestação!
Att.,
Lizandra Garcia / BH-MG

Olá Lizandra!
Obrigada por nos visitar, contribuir e reconhecer nosso trabalho.
Fico feliz que tenha nos visto no Sem Censura.
Abcs

Carmen,
esse é um dilema vivido pela maioria das mulheres, seja no planejamento da gravidez ou quando coincide com uma situação de escolha profissional.
O principal é mesmo brindarmos à vida, sempre, e todo o resto se administra.
bjs

Juliana,

Aconteceu algo semelhante comigo na Claro, na época ATL. A única diferença é que descobri a gravidez no início do processo. No ano seguinte, recebi uma ligação da mesma consultora perguntando: “Como você vai, já terminou a licença maternidade? Tenho uma vaga na ATL novamente que é a sua cara!!” E não poderia ter sido melhor!!

Vá para a entrevista sem medo e trate tudo com franqueza. Mantenha todo o foco no seu nome e na sua imagem. É a única coisa que nos mantém vivas no mercado. Acredite, se esta empresa será uma boa casa para você, isso irá acontecer, agora ou mais tarde. Trate do assunto com a naturalidade que ele merece, pois mulheres trabalham, mudam de emprego, engravidam… Um grande gestor sabe disso. Se ele não encarar desta forma, nem lamente a perda da vaga.

Boa sorte!!

Claudia

Passei por uma situação semelhante, mas foi durante o processo seletivo para concorrer a uma bolsa de MBA fora do país. Tratei de comunicar imediatamente o fato à comissão de seleção, coincidentemente eram todas mulheres. Meu perfil continuou interessando e o fato de estar gestante não me impediu de conquistar a vaga, viajar, levar o curso adiante e completá-lo com sucesso; bem como ter uma gestação tranquila e um parto saudável. Feliz e realizada duplamente, sobretudo pela maternidade mas também pela realização de um sonho – chegando a me destacar como a aluna do ano na instituição. Obviamente o fato de levar uma vida saudável contribuiu para conseguir manter o equilíbrio mental e emocional durante todo o curso/gestação.
Precisamos evoluir como sociedade, a ponto de nós mulheres não termos mais que enfrentar esse tipo de dilema diante de um fato que faz parte da nossa existência. Gestação não é doença nem desculpa, sempre que saudável, até melhora o desempenho. Posso afirmar que se trata da fase mais inspiradora do universo feminino, e também posso garantir por experiência própria: a felicidade da mãe se reflete no filho.
Adorei a dica quanto a manter o jogo aberto com delicadeza, acredito firmemente que é na franqueza que mora o profissionalismo, não há motivo para esconder o que será o fato mais importante das nossas vidas.
Certamente a boa empresa reconhecerá esse valor e manterá a profissional (no processo ou no short-list), sabendo aguardar o tempo necessário para que ela possa organizar e conciliar esses dois momentos.
Parabéns pelo blog e obrigada por nos dar oportunidade de discutir assuntos tão importantes!

Interessante todos os comentários e a visão em particular de cada situação, lembrando que somente que vive a situação na pele tem condições de avaliar a melhor opção.
Como coach me sinto no dever de umas perguntinhas para Juliana. O que você gostaria de fazer nesse momento? Quais os riscos que você corre ao comparecer ou desistir do processo? Depois dessas respostas acredito que vc terá condição de decidir o que é melhor fazer..
O processo de coaching na sua essência jamais deve influênciar nas descisões do coachee -cliente! afinal é ele que irá acar com a responsabilidade da descisão.

Cristiana Crespo.