Todos nós sabemos da importância de expandir e manter uma rede de contatos, todos nós somos capazes de lembrar de alguma situação em que fomos “salvos” por um conhecido nosso ou por um amigo de um amigo. Mas, apesar de acreditar que, na teoria, todos concordam com a relevância de fazer networking, desconfio que, muitas vezes, deixamos para pensar na nossa rede de contatos, no momento em que precisamos dela! Tenho certeza que você ou alguém muito próximo das suas relações já passou por maus momentos, porque não tinha “a pessoa certa”, na “hora certa”, para ajudar, apoiar, conversar, apresentar alguém, resolver algo específico etc.
Lógico que manter uma rede de contatos é uma atividade que consome parte do nosso tempo, como qualquer outra atividade que realizamos sistematicamente, mas o retorno desse investimento de tempo, será sempre altíssimo e, em alguns casos, pode ser incalculável.
Construir relacionamentos sustentáveis não pode jamais ser confundido com o pensamento de me aproximar ou fazer algo por alguém, porque esse alguém vai ficar me “devendo” um favor, isso tem outro nome: manipulação. Construir uma rede de relacionamentos significa ter preocupação e interesse genuínos pelo outro, um estado de prontidão e de servir ao outro, que pela sua execução em si, nos traz o sentimento de realização. No futuro, naturamente, colheremos os frutos dessa postura, mantida por toda uma vida.
Então, para não ficarmos somente na teoria, resolvi compartilhar com vocês um exemplo concreto de uma das inúmeras possibilidades de iniciar ou incrementar sua rede de contatos.
Reginaldo Rodrigues é Coordenador responsável pela administração de uma frota de 400 veículos, um exemplo perfeito de um tipo de atividade que é bastante específica, não está diretamente no grupo de processos “core” da empresa e, portanto, é uma função com pouca troca interna e muita cobrança por otimização financeira. A pressão por redução de despesas é tão grande, que corre o risco do operacional “engolir” a gestão, conforme o próprio Reginaldo reforçou em recente entrevista dada ao Anuário de Gestão de Frotas 2011.
Ao invés de mergulhar no operacional e reduzir suas atividades à otimização financeira sem fim, Reginaldo teve a idéia de criar um grupo formal, com outros profissionais que, assim como ele, passavam pelas mesmas questões no gerenciamento das suas atividades e, assim, nasceu o Grupo de Gestores de Frota (GGF) que tem como objetivos, contribuir para o aprimoramento dos profissionais responsáveis pela administração de frota de veículos, facilitar a troca de conhecimento adminsitrativo e operacional e compartilhar as boas práticas.
Após um ano da sua criação, o grupo conta com 15 empresas participantes e acumulou significativos resultados, através de uma gestão de frota com uma abordagem mais humana na relação motorista X veículo e através da implantação de iniciativas de diferentes naturezas e integradas. Reginaldo nos conta que foi possível reduzir 10% com as despesas anuais de manutenção, mas como ele mesmo me disse: “O maior aprendizado foi entender a importância de fazer parte do grupo e da troca de experiências com outros Gestores”. Integração e evolução das relações do grupo para além daquelas puramente econômicas.
Reginaldo Rodrigues alcançou maior realização profissional, maior visibildiade interna e externa, participando de palestras e reportagens especializadas, alcançou resultados de negócio mais representativos, mas acredito que sua maior realização tenha sido mesmo a conquista do respeito e admiração, ainda maiores, dos seus clientes que, por sua vez, contribuem para que ele tenha maior auto-estima e autonomia profissional.
Pois é, um exemplo poderoso de que conseguimos maior realização profissional quando somos capazes de enxergar significado nas nossas responsabilidades e realizações, independente da área de atuação que temos, todos nós somos capazes de expandir nosso escopo de atividades e seu respectivo impacto no meio, quando promovemos um olhar mais extenso sobre as pessoas e buscarmos maior integração com elas, entre elas. Há inúmeras e diversas formas para expandirmos e cultivarmos nossa rede de contatos, todas muito poderosas antes, durante e depois.
Escolha a sua forma, mas faça!
Penso no networking, como uma rede de relacionamento onde há um aprofundamento das relações entre os indivíduos, onde os participantes da rede sentem-se integrados e podem ver a evolução das relações do grupo para além daquelas puramente econômicas.
Em especial o GGF – Grupo de Gestores de Frota, do qual eu faço parte, vejo como uma oportunidade de obter novos conhecimentos sobre Gestão de Frotas, conhecer as boas práticas de mercado e principalmente aprofundar as relações de parcerias entre os integrantes.
Meu grande amigo Reginaldo,
Parabens realmente você merece. Criou praticamente sozinho todo nosso depto de frota, E o melhor sempre foi muito cortez com todos nós.
Abraços
Calixto
Olá Calixto,
Obrigado pelas palavras. Tenha certeza que a cada dia a frente do Departamento de Frota da L’Oréal, tenho buscado a melhoria contínua dos nossos processos e a qualidade dos veículos disponibilizados para os nossos colaboradores, colaborando com a qualidade de vida no trânsito.
O GGF tem sido uma fonte de idéias, renovação de conhecimento e aprendizado e eu tenho aplicado na nossa frota aquilo que, de uma maneira geral, entendo que vai fazer a diferença.
abç
RR
Prezados Reginaldo e Claudia,
Parabens ! Gostei muito da matéria.
Abraços do Fernando Romão
Mestre em Sistemas de Gestão – UFF/RJ
Gerente de Desenvolvimento de Negócios – Total Fleet S/A – Grupo Localiza
Fernando,
obrigada pelo reconhecimento. Espero que nos visite mais vezes!
Claudia