Antes de começarmos nossa conversa, existem mil motivos pelos quais escolhemos entrar em uma carreira: pode ser sido por influência dos pais ou pela determinação do seu primeiro chefe.
Pode ter sido, ainda, porque à época era uma carreira promissora. Ou pode ter sido, simplesmente, pois naquele momento era o caminho que você mais gostava e acreditava que fosse ser assim para sempre.
Mas, bem sabemos, que essas coisas mudam. Conforme o tempo vai mudando, é natural que nossas percepções mudem junto. E quando se trata de carreira, isso não é diferente.
Muitos dizem que escolhermos uma carreira cedo demais (entre 17 e 20 anos), quando a maioria ingressa na faculdade e inicia não só os estudos, mas também dá o primeiro passo para a vida profissional através dos estágios, empresa júnior etc.
É importante salientar, neste ponto, que não existe a chamada “escolha errada” e, por não ter nada de errado, não há motivos para ficar remoendo e tentando encontrar respostas para “e se”s infinitos.
Naquele momento, seja aos 17 ou aos 30 anos, a escolha pareceu muito certa para você e provavelmente ela foi certa durante um bom tempo. Como dito acima, o mundo muda e é mais do que esperado que você mude também.
No entanto, não podemos esquecer que, se uma mudança de curso na faculdade é algo que traz desafios (mais tempo estudando, mais tempo procurando se adequar etc), uma mudança de carreira é ainda mais desafiadora.
É especialmente desafiadora para quem passou a maior parte da vida realizando aquela função: não só trabalhando nela, mas também realizando cursos voltados para ela, fazendo networking nesta mesma área e muito mais.
Dar um pause nesta parte da carreira, que tem tanta mídia gravada, e dar play em uma música que não começou a ser composta ainda, pode trazer verdadeiro pânico para aqueles que, ao apertar o botão, não conseguem ouvir o som emitido.
O importante, porém, é entender que é possível começar sua própria composição aos 17, aos 25, aos 30, aos 50, aos 60 anos! O importante é saber que tendo os acordes nas mãos, é possível conquistar o mundo com sua canção.
Não se esqueça: cada um tem seu tempo
É esperado que aos 30 anos você já tenha uma definição daquilo que quer fazer pelo resto da sua vida. Mas, como dito anteriormente, e sem medo de repetições, volto a dizer: o mundo muda e você muda também.
Lembre-se que cada um tem seu tempo e não é porque aquele ou aquela definiram toda uma carreira aos 23 que você não pode ser diferente. Procure elencar os seus pontos fortes e seus destaques quando a dúvida bater.
Faça um planejamento com os pés no chão
Quando uma mudança está para ser feita, um pouco de planejamento é necessário, sobretudo o financeiro. Abrir uma empresa ou iniciar uma nova carreira, significa uma possível queda salarial, embora isso não esteja escrito em pedra.
Por isso, é sempre aconselhável economizar dinheiro e cortar despesas desnecessárias para conseguir levar o início da sua mudança de maneira confortável e sem stress.
Procure olhar para si neste momento
Talvez essa parte seja a mais difícil e provavelmente você precisará da orientação de um profissional, como um psicólogo. É necessário se perguntar o porquê de ter decidido mudar de carreira.
A pergunta não é para fazer desistir e, sim, para fazer a mudança com segurança. Procure entender de onde despontou essa vontade, se há outras coisas que você gostaria de mudar ou se não foi uma inspiração do momento.
Os desafios da mudança de carreira
Como falado ao longo deste texto, a mudança na carreira vem com grandes desafios: tanto internos, quanto sociais e financeiros.
Você precisará voltar do ponto de início, precisará voltar para a sala de aula, vai procurar buscar novas ideias, novos contatos, novas oportunidades, terá que encarar novas situações.
Muita gente acha que isso é dar passos para trás, mas tudo é uma questão de perspectiva: é dando passos para trás que pegamos impulso para ir mais longe, não é mesmo?
Muitas pessoas irão falar, outras várias irão questionar e falar para você se manter onde está, pois é mais seguro.
Mas será que essa dita segurança está trazendo a satisfação, a prosperidade e o propósito que você procura? Se não está, a tal segurança já não vale a pena.
E aquilo que não vale a pena, tem que mudar.
Abrace a mudança de uma forma boa, pois ela é boa. Não se esqueça de todo o histórico construído, cada experiência vivida vale a pena para sua próximas jornadas.
E se o plano A ou B não derem certo, lembre-se: existe um alfabeto inteiro!