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Como foi: Sustainable Brands Rio 2014

Sustainable Brands Rio 2014

Nossa parceira Andréa Mauricio foi ao evento e conta como foi.

Foto Andrea MauricioAndréa Mauricio é educadora e sócia  da consultoria Gesthus, empresa especializada em Gestão Humana e Social, que apóia organizações públicas, privadas e do terceiro setor na tratativa de temas relacionados à responsabilidade social e sustentabilidade. Atuou em grandes empresas, nacionais e multinacionais, nos diferentes processos de RH e responsabilidade social.

 

Aconteceu nos dias 24 e 25 de abril a segunda edição do Sustainable Brands, no Rio de Janeiro. O evento faz parte de uma rede global de conferências que inclui Buenos Aires, San Diego, Londres, Istambul e Kuala Lumpur.

Com a apresentação de líderes empresarias e especialistas, cerca de 600 participantes compartilharam o conhecimento sobre negócios sociais, conectividade, inovação, engajamento de stakeholders, economia circular, métricas da sustentabilidade e branding, dentre outros temas, num diálogo amplo a respeito de evoluções indispensáveis às marcas num futuro que já chegou.

O tema global das conferências Sustainable Brands em 2014 baseou-se nos novos 3Rs – Reimagine, Redesenhe, Regenere – e propôs elevar a discussão para um nível mais estratégico, com a oportunidade para as empresas de reimaginar a sua finalidade e seus modelos de negócios, redesenhar suas estratégias e processos produtivos, além de regenerar as distorções econômicas, sociais e ambientais que o atual modelo de desenvolvimento propiciou.

Todo o evento foi pensado sob a ótica da sustentabilidade e baseado nos conceitos da biomimética – ciência que estuda as funções das estruturas biológicas. Desde a cenografia, com destaque para uso do bambu – um material extremamente adequado para a reutilização -, até a marca – inspirada nas Vitórias-Régias, cujas raízes submersas estão todas interconectadas e as plantas existentes dão suporte para outras brotarem…

KoAnn Skrzyniarz, fundadora e CEO da Rede Global Sustainable Brands Worldwide, esteve presente em todo o evento e apresentou exemplos de empresas que revolucionaram no design de produtos e serviços, contribuindo para as marcas conduzirem a economia mundial para um caminho diferente.

Ao final dos dois dias do evento, foi entregue o Prêmio de Sustentabilidade para empresas start-ups, o Sustainable Brands Innovation Open da SB Rio 14. A escolhida do júri técnico – que avaliou critérios como “criatividade do projeto”, “benefício social ou para o meio ambiente”, “qualidade da equipe”, “economia de escala” e “inovar e ir além” – foi a Treebos, que mantém bosques frutíferos para plantação em um tipo de crowdfunding (no site é possível que a pessoa invista na plantação de uma árvore).  Já a SOS Dental foi a start-up mais votada pelo público. Ela viabiliza o atendimento odontológico à população em comunidades vulneráveis, por meio do projeto Sorriso na Favela, graças ao consultório móvel que permite que o paciente seja atendido em qualquer localização.

E a propósito…

O mundo muda o tempo todo. #fato!

Mas o que isso significa? As transformações estão aí, para quem quiser ver…

Durante a segunda edição do Sustainable Brands, muitos conceitos foram apresentados e, além deles, a prática do que já é possível verificar entre as pessoas físicas e jurídicas em relação ao papel das marcas.

Segundo a pesquisa Edelman Trust Barometer 2014, existe uma nova dinâmica de influência; agora quem dita as regras são os cidadãos. O cidadão comum nunca foi tão decisivo para as marcas: “os números demonstram que o poder individual está à frente do institucional. As pessoas acreditam mais em seus pares. Cidadãos mais críticos e conectados tendem a cobrar cada vez mais de empresas, governo e outras instituições.” A mesma pesquisa indica, ainda, que os colaboradores são as vozes mais críveis em vários tópicos, incluindo o ambiente de trabalho, integridade, inovação e práticas de negócios da empresa.

Então, há que se engajar os colaboradores, torná-los seus porta-vozes. A base do engajamento é o propósito… E vejam só: trabalho com propósito é a segunda meta de vida da maioria do jovens que estão entrando no mercado de trabalho! A primeira é ter casa própria…

E para engajar o colaborador o que é preciso?

Segundo Richard Barret, se o objetivo é construir uma marca sustentável então é preciso construir uma cultura orientada por valores. E o que isso significa na prática? As empresas cujos líderes se preocupam com o quê seus colaboradores valorizam, com suas necessidades, conseguirão engajá-los e serão as que terão uma performance organizacional diferenciada. Para tal, siga os três ‘mantras’ de Barret:

>  foque na Visão, Missão e Valores;

>  inicie com a Auto Liderança;

>  mapeie e meça os Valores.

Na seqüência, o evento trouxe o debate sobre o modelo organizacional posto em ‘xeque’: é possível conciliar felicidade e trabalho? Só com engajamento! Ops… Voltamos ao que foi dito no início do post.

Os participantes dessa sessão temática trouxeram alguns dados importantes. Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), a depressão, até o ano de 2020 será a 2ª causa de aposentadoria por invalidez. Uma pesquisa da Towers Watson, realizada em 16 países, divulgada em julho de 2012, 48% dos empregados não estão felizes em suas empresas e deste, 65% estão desengajados.

Mas a prova que felicidade é estratégico veio por meio de uma pesquisa realizada por Raj Sisodia, um consultor indiano radicado nos EUA, que comparou a valorização das ações de dois grupos de companhias americanas entre 1996 e 2011.  De um lado, as 500 companhias mais negociadas na Bolsa de Nova York valorizaram 157% no mesmo período e de outro, as “empresas conscientes”, compromissadas igualmente com todos os seus stakeholders (empregados incluídos), acumularam 1.646%… Segundo ele, há três princípios para diferenciá-las: 1) são empresas com propósito; 2) propósito é gerar valor para todos os stakeholders; 3) seus líderes servem a esse propósito…

Fácil, não? Sqn!

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