O novo espetáculo trazido para a cidade de São Paulo está orçado em 50 milhões de reais. Com o isso “O Rei Leão” tem a ambição de ser visto por mais de 350 mil espectadores. A produção já líder de bilheteria e tornou-se o espetáculo mais procurado da Broadway. Estando há mais de dezesseis anos em cartaz, já passou por 15 países, arrecadando mais de 5 bilhões de dólares e foi assistido por mais de 66 milhões de pessoas.
Pela primeira vez na América do Sul, o espetáculo começa a temporada nesta quinta feira, 28, ficando em cartaz até meados de Dezembro, no Teatro Renault, na Bela Vista. As traduções das canções foram feitas por Gilberto Gil e a atriz Rachel Ripani é responsável pela tradução de Scritp.
A história, imortalizada também em filme pela Disney, conta a jornada do leão Simba, que herda o reino africano do pai Mufasa. Obrigado a fugir, acusado de matar o próprio pai, o telespectador terá momentos de compaixão do jovem leão e momentos de descontração, de rolar de rir, com os famosos personagens: Timão e Pumba.
Para uma produção de tal porte, não são tolerados atrasos, e assim como em qualquer empresa, quem desobedece às regras tem desconto direto no salário. A rotina é longa e cansativa, chegando a ter ensaios diários de até onze horas, com cenas de muito esforço físico. Por isso, uma equipe de quatro fisioterapeutas fica a disposição para atender 53 atores.
Deste total de atores, selecionados em audições em São Paulo, Rio de Janeiro e Salvador, destaca-se o carioca Tiago Barbosa, de 28 anos. Ele concorreu com dois mil candidatos e foi presenteado com o papel principal: Simba. O talento para musica já era inquestionável, já que ele fora convidado assim que encerrou sua participação no programa de Calouros “Ídolos”, da Record, ficando terceiro lugar. Hoje, o jovem morador do Vidigal, deixou cortar os seus dreads e ganhou 4 quilos de massa muscular para encarar o desafio de ser o rei do palco.
Para completar o elenco, na pele de Rafili está Phindile Mkhize, atriz africana que vai interpretar o babuíno que é responsável por Simba. Vale ressaltar que ela já tem experiência neste mesmo musical na Broadway. Outros confirmados são: Nala – Josi Lopes; Mufasa – César Mello; Scar – Osvaldo Mil; Zazu – Rodrigo Candelot; Pumba Marcelo Klabin; Timão – Ronaldo Reis; Banzai – Jorge Neto; Shenzi – Juliana Peppi; Ed- Felippe Morais.
O elenco infantil é um show a parte que conta com Gustavo Bonfim, Henrique Figueiras, Yudichi Taniguti e Matheus Braga que vão se revezar na pele do jovem Simba. Para fazer a jovem Nala o rodízio fica por conta de Any Gabriele, Karollyne Nascimento, Lais Dias e Ysa Paula.
Um grande musical só é possível com uma superprodução. Para elaboração da maquiagem, todas as pinturas foram inspiradas em tribos tipicamente africanas. As maquiagens do Rei Mufasa e Simba relembram os guerreiros Maasai. Em Nala se refere à tribo de Wodabe, do centro-oeste da África. Na confecção de máscaras dos atores que interpretam os leões, os criadores isolaram a individualidade de cada um. Já nos cenários não poderiam deixar as paisagens da África de lado. As imagens de fundo usam formas desenhadas em símbolos geométricos africanos, repetidos diversas vezes. Contudo, durante a morte do pai de Simba são usados elementos do teatro no século XVIII. O figurino do espetáculo são todos com estampas retiradas das texturas ou trajes de tribos africanas, transitando entre a Inglaterra Vitoriana e roupas tradicionais da Indonésia.
Os ingressos custam entre R$50 a R$280. Pode ser adquirido na bilheteria do Teatro Renault ou pelo site da Tickets For Fun.