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Paixão de Cristo, encenada na Rocinha, usa o teatro para discutir a realidade

A Paixão de Cristo será apresentada nesta sexta feira, 29, em um total de 22 cenas que cobrem do batismo de Jesus até a sua ressurreição, na maior favela da América Latina. O palco será a pacificada Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro. Apesar de todo envolvimento religioso, a encenação dirigida por Aurélio Mesquita e texto José Maria Rodrigues, tem como tema a Guerra de Canudos e o movimento vividos pelo morados no período pós-pacificação. A apresentação começa às 20h, no Largo do Boiadeiro, na parte baixa da comunidade, até a Paróquia “Nossa Senhora da Boa Viagem”.

Personagem contracenam no meio do público - Foto: Divulgação

Personagem contracenam no meio do público – Foto: Divulgação

O processo de discussão da realidade começa com o uso da Guerra como metáfora para o entendimento da atual realidade da Rocinha, fato que mudou com a chegada da Unidade de Polícia Pacificadora (UPP). A Guerra tornou- se opção pela herança histórica entre o conflito e surgimento de favelas já que os soldados que dela participaram não tiveram as casas prometidas e acabou criando a primeira favela do país. Para melhor contextualização, haverá uma cena da batalha, com efeitos de fumaça, lutas de espadas e jogos de luzes para representação deste conflito.

A Via Sacra da Rocinha é o trabalho de mais destaque da Cia. Teatral Roça Caçacultura, criada nos anos 90 para oferecer oportunidade a pessoas da comunidade para que tivesse uma aproximação maior com a manifestação cultural. Este ano, com patrocínio da LIGTH e da Secretaria de Estado de Cultura do Rio de Janeiro, através da lei de incentivo à Cultura, o teatro itinerante vai levar uma multidão para uma caminhada de 2,7 quilômetros. A produção é da TV Tagarela e o elenco, que durante três meses se prepara, é formado por moradores e estudantes da Cia Roça Caçacultura.

Paixão de Cristo encenada na Rocinha inova usando teatro para discutir a realidade

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