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Trabalhar para quê?

Por Claudia Klein

É fato que a forma como nos relacionamos com o trabalho tem sofrido muitas e significativas mudanças com o passar do tempo.

Diante desse fato, eu pergunto: qual o seu conceito de trabalho?

Essa é uma fascinante pergunta que precisamos saber responder, antes de qualquer coisa, para nós mesmos. Quando não paramos para refletir sobre o que “trabalhar” realmente significa para nós, enfrentamos imensa dificuldade em reconhecer valor no que fazemos, em alcançar satisfação pessoal por meio do que fazemos.

Sabemos que a construção da nossa trajetória profissional está cada vez mais sob nossa responsabilidade e que a busca e a escolha dos sucessivos passos que a compõem são decisões que devemos tomar, diante de um cenário de negócios complexo, dinâmico e diverso.

As inúmeras alternativas de profissões, ocupações, vínculos trabalhistas, formas de reconhecimento e recompensa, meios para execução das atividades, etc. nos remetem à necessidade de repensar nosso conceito de trabalho, mas, também, aumentam a dificuldade de fazê-lo.

Para as pessoas que já entenderam as novas regras desse jogo, esse é um “instigante” problema. Para as que ainda acreditam que não devem começar a jogá-lo, representa um problema “insolúvel”. Para essas, os outros vão ser sempre os culpados por não serem reconhecidos e por não estarem satisfeitos por trabalharem com algo de que não se orgulham.

Começando a jogar, o primeiro passo é construir suas respostas para perguntas como: Por que você trabalha? Que tipos de atividade o motivam? Quais papéis você gostaria de desempenhar? Que quantidade de horas você desejaria dedicar ao trabalho remunerado? E ao não remunerado? Que legado a continuidade dessa atuação vai te permitir deixar? Como o faz sentir? Que obstáculos você identifica?

Lógico que é muito difícil gerenciarmos nossa relação com o trabalho, principalmente porque são muitas as variáveis envolvidas e, muitas delas, não estão sob nosso controle. Porém, tomarmos as rédeas desse processo é o caminho menos doloroso para endereçar a questão.

Para nós, empreendedores, o trabalho de casa é dobrado. Ter funcionários que se posicionam como o principal responsável por suas carreiras representa para nós a exigência de uma postura diferente como empregador.

Uma postura que depende da demonstração clara do nosso interesse em compreender o que significa realização para o outro, que demanda uma maior capacidade de resposta às reflexões que os funcionários trazem. Uma postura que pede maior habilidade e dedicação de tempo para explicarmos nossos sonhos grandes e de que forma esses sonhos se tornam interessantes para os que dele decidirem compartilhar.

As respostas não têm que ser sempre positivas. Sabemos que o “NÃO” faz parte do jogo e nos ajuda a desenvolver alternativas, e isso é algo que empregadores e empregados devem aprender já para viabilizar esse jogo.

Acredito, sinceramente, que o sentido que atribuímos ao ato de trabalhar e como o colocamos em prática, como empregados ou empregadores, impacta significativamente nas nossas realizações, na qualidade das nossas vidas.

Bom trabalho!

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2 Comentários

Muito interessante o texto, acho que ele explica claramente que nós precisamos sempre de motivação. Conheci algumas pessoas que trabalharam com Coaching e o trabalho deles é exatamente o que você descreveu no texto.
Parabéns pelo blog, gostei muito!
Beijos Cris

Muito bom esse texto, parabéns me fez refletir muito sobre meu trabalho.