É fato que a forma como nos relacionamos com o trabalho tem sofrido muitas e significativas mudanças com o passar do tempo.
Diante desse fato, eu pergunto: qual o seu conceito de trabalho?
Essa é uma fascinante pergunta que precisamos saber responder, antes de qualquer coisa, para nós mesmos. Quando não paramos para refletir sobre o que “trabalhar” realmente significa para nós, enfrentamos imensa dificuldade em reconhecer valor no que fazemos, em alcançar satisfação pessoal por meio do que fazemos.
Sabemos que a construção da nossa trajetória profissional está cada vez mais sob nossa responsabilidade e que a busca e a escolha dos sucessivos passos que a compõem são decisões que devemos tomar, diante de um cenário de negócios complexo, dinâmico e diverso.
As inúmeras alternativas de profissões, ocupações, vínculos trabalhistas, formas de reconhecimento e recompensa, meios para execução das atividades, etc. nos remetem à necessidade de repensar nosso conceito de trabalho, mas, também, aumentam a dificuldade de fazê-lo.
Para as pessoas que já entenderam as novas regras desse jogo, esse é um “instigante” problema. Para as que ainda acreditam que não devem começar a jogá-lo, representa um problema “insolúvel”. Para essas, os outros vão ser sempre os culpados por não serem reconhecidos e por não estarem satisfeitos por trabalharem com algo de que não se orgulham.
Começando a jogar, o primeiro passo é construir suas respostas para perguntas como: Por que você trabalha? Que tipos de atividade o motivam? Quais papéis você gostaria de desempenhar? Que quantidade de horas você desejaria dedicar ao trabalho remunerado? E ao não remunerado? Que legado a continuidade dessa atuação vai te permitir deixar? Como o faz sentir? Que obstáculos você identifica?
Lógico que é muito difícil gerenciarmos nossa relação com o trabalho, principalmente porque são muitas as variáveis envolvidas e, muitas delas, não estão sob nosso controle. Porém, tomarmos as rédeas desse processo é o caminho menos doloroso para endereçar a questão.
Para nós, empreendedores, o trabalho de casa é dobrado. Ter funcionários que se posicionam como o principal responsável por suas carreiras representa para nós a exigência de uma postura diferente como empregador.
Uma postura que depende da demonstração clara do nosso interesse em compreender o que significa realização para o outro, que demanda uma maior capacidade de resposta às reflexões que os funcionários trazem. Uma postura que pede maior habilidade e dedicação de tempo para explicarmos nossos sonhos grandes e de que forma esses sonhos se tornam interessantes para os que dele decidirem compartilhar.
As respostas não têm que ser sempre positivas. Sabemos que o “NÃO” faz parte do jogo e nos ajuda a desenvolver alternativas, e isso é algo que empregadores e empregados devem aprender já para viabilizar esse jogo.
Acredito, sinceramente, que o sentido que atribuímos ao ato de trabalhar e como o colocamos em prática, como empregados ou empregadores, impacta significativamente nas nossas realizações, na qualidade das nossas vidas.
Bom trabalho!
Muito interessante o texto, acho que ele explica claramente que nós precisamos sempre de motivação. Conheci algumas pessoas que trabalharam com Coaching e o trabalho deles é exatamente o que você descreveu no texto.
Parabéns pelo blog, gostei muito!
Beijos Cris
Muito bom esse texto, parabéns me fez refletir muito sobre meu trabalho.