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RH Rio 2012 – 38º Congresso Estadual de Gestão de Pessoas

DA RUPTURA À INOVAÇÃO
A Jornada Da Prosperidade
38º Congresso Estadual de Gestão de Pessoas

Seria improvável imaginar, há 50 anos, vários grupos humanos em diferentes países protestando contra abusos ou limitações de um sistema que parecia eterno ou perfeito. Hoje há uma percepção ampliada de que é urgente transcender as leis e padrões do sistema econômico atual que predomina no mundo. E ao trazer essa reflexão para o contexto do Brasil é natural questionarmos sobre o nosso desafio nesse momento da história. Falamos tanto de crescer, de gerar desenvolvimento, mas o que é crescimento, como definir prosperidade?

Cada vez mais vemos indicadores econômicos guiarem a leitura e análise da situação do nosso país e suas organizações e, paradoxalmente, percebemos desajustes nas relações humanas, no engajamento e participação dos colaboradores nas empresas, só para citar um exemplo. Conquistas intangíveis como satisfação e felicidade parecem não acompanhar os índices econômicos, ou as taxas de crescimento e lucro. Se agregarmos a essa leitura os desequilíbrios sócio ambientais e culturais, percebemos uma necessidade mais urgente e essencial de mudança.

Como diz Otto Scharmer, “a raiz mais profunda de nossa crise atual parece ser nosso pensamento e nossa maneira de agir”. Há anos percebemos que nossos sistemas econômicos e organizacionais parecem obsoletos em vários aspectos, mas curiosamente continuamos agarrados a eles, repetindo as mesmas formas de pensar e de atuar. As estruturas continuam piramidais e ainda acreditamos em “caixinhas” separadas umas das outras; insistimos em medir as horas trabalhadas, adoramos manter bônus absurdos e diferenças salariais expressivas. E numa tentativa às vezes retórica e simplista, falamos de participação e comprometimento, retenção etc. Nosso principal desafio é superar o ciclo vicioso de decretar termos aparentemente “novos” mantendo modelos mentais e hábitos antigos. Isso é o que Chris Argyris chama de Incompetência Hábil, o comportamento rotineiro que, hábil e sutilmente, nos leva ao que menos desejamos: a incapacidade de evoluir.

Estamos em um momento histórico para reconfigurar nossa maneira de ver o mundo, a sociedade, a economia e as organizações. Precisamos de uma Metanoia, uma mudança radical de modelo mental e atitude, que nos impulsione a realmente construir organizações criativas e produtivas, que sejam espaços geradores de riqueza e, sobretudo, que permitam a realização e felicidade das pessoas. Veremos que é possível criar organizações com pessoas felizes e realizadas, que produzam bens e serviços que gerem resultados, contribuindo para a sustentabilidade e desenvolvimento de toda a sociedade e garantindo o bem comum. Não será essa uma boa definição de prosperidade?

Para garantir essa Metanoia é preciso seguir o caminho da aprendizagem e evolução. Essa trajetória foi sabiamente simbolizada por Joseph Campbell na Jornada do Herói, um arquétipo universal que representa a aventura de crescer, evoluir, prosperar. Essa Jornada começa com uma ruptura, uma mudança nas antigas formas de pensar e agir, seguida de um afastamento, o deserto, um momento de reflexão e reconfiguração, quando renovamos nossas formas de perceber o mundo e realizar. O passo seguinte é a volta, o caminho de regresso para o contexto do qual nos afastamos, para influenciar, impactar, liderar a partir dessa nova forma de se comportar. Essa Jornada é libertadora e restauradora, mas só é possível pela aceitação da dor do caminho, a difícil peregrinação por espaços inexplorados, cujo destino certo é o êxtase da evolução. Essa é a dinâmica da vida, um contínuo morrer e renascer para continuar crescendo.

Não seria essa a Missão e Jornada do RH e dos gestores de pessoas no contexto atual? Como pensar novas formas de garantir uma gestão mais humana, que gere os melhores resultados exatamente por priorizar o ser humano e o bem comum? Como trazer novas práticas de Gestão de Pessoas que garantam criatividade e comprometimento, superação, aprendizagem e colaboração? Seguramente esse desafio demanda afastar-nos de formas antigas e cristalizadas de operar para buscar novos mundos, realidades inéditas, que provem ser possível unir o intangível ao tangível. Essa é a ruptura necessária que nos levará à verdadeira inovação. O verbo “inovar”, para o gestor de pessoas, significa pensar e criar formas inéditas e ousadas de garantir uma cultura de realização e plenitude, crescimento, criatividade e evolução.

Essa heróica inovação nos levará a uma forma mais excelente de pensar e viver, permitindo um comportamento criativo e fluido, não arraigado, livre para novos experimentos. É essa atitude que co-criará sistemas e culturas renovados, estruturas organizacionais mais orgânicas e emergentes, processos e metodologias mais transparentes e sinérgicos, e sobretudo, relações interpessoais mais humanas que poderão sustentar essa nova realidade.

Essa postura inovadora nos permitirá definir o mundo que queremos configurar, em vez de simplesmente reagir aos impulsos externos que surgem muitas vezes de modelos antigos e obsoletos. É o impulso generativo que nos leva a criar o futuro que queremos. É essa ousadia que necessitamos se queremos liderar a transformação que as organizações e sociedades demandam hoje.

E é sobre essa Inovação que o RH Rio 2012 irá debater. Executivos, pensadores, consultores e profissionais ligados ao âmbito da Gestão de Pessoas, se reunirão nos dias 24 e 25 de Abril de 2012 para dialogar com os participantes sobre a importância de incorporar em nossas vidas e culturas a aventura da verdadeira inovação. Serão dias de reflexões, provocações, práticas, e sobretudo um convite a inaugurarmos uma nova era de prosperidade que só depende de nós começar.

*Release do evento

Para mais detalhes e inscrição no evento, acesse: http://abrhrj.org.br/rhrio2012/

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1 Comentário

Muito pertinente o tema do RH Rio. Pensando em empresas e mercado, minha percepção é de que a atmosfera conservadora ainda impera e intimida idéias inovadoras, existe o medo da crítica e se tem medo, melhor nem correr o risco. Inovação implica em liberdade para observar, pensar e criar. É uma filosofia que deve ser estimulada no dia a dia por todos. Para inovar a gente cria, erra, ajusta, erra de novo, mas a questão ao meu ver está em não punir idéias erradas, mas ver como um investimento e parte do processo.

Pena eu não poder ir ao evento, mas fico aqui aguardando vcs compartilharem conosco suas percepções.

Abs,