Esses dias, nosso amigo José Augusto Figueiredo, VP da DBM da América Latina, grande consultoria de RH e Coaching esteve na Globo News, falando sobre o mercado de trabalho. A base da entrevista era identificar se as empresas buscam mais candidatos com títulos acadêmicos ou experiência profissional. Como esta dúvida permeia muitos jovens, decidimos publicar aqui no blog parte da visão que José Augusto passou na entrevista.
Para ele, deve haver um balanço entre as competências de conhecimento, que normalmente são adquiridas dentro da academia, com as competências práticas, que são habilidades, onde a pessoa desenvolve com aproximações sucessivas.
Além disso, José Augusto considera que o problema maior para quem está em início de carreira é fazer um planejamento. É preciso pensar, planejar e começar a traçar a direção. Se o profissional tem interesse em se tornar um pesquisador, ele deve investir na carreira acadêmica. Agora, se a aspiração é tornar-se um executivo, ele tem que balancear e olhar para o mercado de forma diferente. Ele contou que muitos jovens saem da faculdade pensando em fazer Mestrado, somente para se qualificarem e não porque desejam se tornar professor ou pesquisador. Para José Augusto, trabalhar numa empresa, começar a ver a dinâmica da relação com as pessoas, do trabalho em equipe, ser chefe, ter subordinado, saber dizer sim e não, dar bronca, levar uma bronca e se recuperar são experiências que podem trazer mais subsídios para uma escolha de longo prazo.
O Consultor terminou com uma orientação muito interessante para os candidatos olharem de forma diferente para o mercado de trabalho: “As empresas hoje estão muito preocupadas se a pessoa combina com aquele ambiente que ela proporciona. Então, ela observa se a cultura da organização é compatível com os valores do indivíduo que está ali como candidato. Os valores vão denotar em comportamentos para cada situação. Isso é totalmente independente da formação acadêmica. O indivíduo que está em formação acadêmica ou acabou de sair da universidade, do MBA, tem a tendência de se sentir confortável e eu acho que a maior falácia desse momento de entrada no mercado de trabalho está em ele pensar que é um candidato, quando na verdade é um fornecedor de serviços para o mercado de trabalho. Essa mudança de paradigma: deixar de se olhar como candidato e passar a olhar o mercado de trabalho como clientes potenciais que ele tem, faz com que ele deva ter outro comportamento. Isso que será valorizado no processo de entrevista.”
Se quiser assistir à entrevista completa na Globo News, basta clicar aqui!
Aprendizado na academia? Ok, mas administração é uma ciencia basicamente empírica.
Uma boa formação pode ser apenas um pedaço de um todo.
Eu prefiro, isso, minha preferência, profissionais que trazem suas vivências alinhadas com leituras e aprendizados. Aí estão os grandes líderes.