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Preciso Mudar! Mas Por Onde Começar?

Esse post foi originalmente publicado no site da Endeavor Brasil

Entre se tornar ou não um empreendedor, ganha quem tem coragem de se conhecer melhor.

Duas datas marcaram fortemente a minha decisão de mudar de carreira: o dia em que cogitei uma mudança e meu último dia como executiva de uma multinacional. Foram seis meses alternando momentos de dúvida, certeza, frustração, sonho… Porque não experimentava mais prazer no ambiente corporativo? Porque minha tão sonhada e planejada carreira executiva não mais me satisfazia?

O contato com empreendedores e seus grandes sonhos, muito motivaram minha inquietação. A essa altura já era fato para mim, que eu precisava iniciar uma nova atividade profissional, mas qual? Quando? Por onde começar?

O ponto zero é a identificação do nosso propósito, o que nos motiva e nos dirige. Por meio do coaching, da terapia, de muita reflexão e coragem, repensei meu propósito de vida e desenhei novas alternativas profissionais. Quando entendemos essa motivação, ficamos mais atentos às oportunidades, mantemos um olhar lá na frente seguido de uma imensa disposição para realizar.

Tendo mais clareza do meu propósito, busquei os porquês, analisei riscos, avaliei alternativas, construí possibilidades, estudei forças e fraquezas e, principalmente, compartilhei. Enfim, me “alimentei” do mundo exterior para, fazendo as perguntas certas, efetivar as melhores escolhas.

Empreender foi a minha escolha e a construção de um plano de ação foi um grande aliado para lembrar o “caminho”, identificar obstáculos e criar alternativas. Na ausência de um plano, qualquer acontecimento pode servir de desculpas para não seguirmos em frente e o futuro vira nosso tempo verbal preferido. Nós somos a primeira barreira, relutamos em confrontar a realidade.

Diria que o segundo lugar também é nosso, ego e vaidade não permitem que, por um período, sejamos ou tenhamos “menos”. Família e amigos, sem querer, ganham a terceira posição. O excesso de cuidado conosco aparece em uma espécie de apelo para que não “sejamos loucos” em mudar. Barreiras relacionadas a recursos, energia, ambiente etc. ganham as posições seguintes.

Após um pouco mais de um ano, aprendi que nesse jogo não pode haver “depois”, “não posso”, “não sei”, “sozinho” e “sempre foi assim”. Podemos tudo, desde que tenhamos coragem para nos conhecer, disposição para fazer e sabedoria para sustentar nossas escolhas. É possível que muitos de você prefiram o lema “deixa a vida me levar”, não tentarei demover ninguém dessa crença, só convido-os a refletir se é mesmo uma crença ou se é uma reação diante da dificuldade natural de lidar com o tema.

Na dúvida, a pergunta: Qual o seu propósito?

Cláudia Klein é sócia da Argumentare, atua como Coach, palestrante e consultora de gestão.

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5 Comentários

Olá Sandra, ficamos sempre muito felizes com seus feedbaacks! Também admiramos muito seu trabalho e seu desejo de projetar cada vez mais pessoas, contar suas histórias e contribuir para que sonhos e desejos sejam compartilhados.

Beijo
Joseana

Claudia,

Conheci o blog através da Silvana, virei fã de carteira e faço visitas constantes. Ler seu texto me despertou o desejo de compartilhar minha opinião sobre o tema concordando com sua analise. Mudar e sempre um desafio e isto pode assustar a muitos que acabam por desistir de seus sonhos. Conheço poucas coisas tão prejudiciais, em minha opinião, como a tão falada zona de conforto, lugar de estagnação e limbo do desenvolvimento  humano.

Hoje em conversa informal com um funcionário pude perceber seu marasmo em relação ao trabalho que desenvolve, me reservei ao direito de ouvi-lo e tentar compreender o que tentava me dizer. Acabamos por ser interrompidos e a conversa nao foi concluída. Amanha logo cedo o chamarei em minha sala para finalizarmos a conversa e o seu texto será dado a ele para reflexão.  

Beijos,

Patricia Araujo