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Mudei de Segmento de Negócio

Ótimo! Mas cuidado!

Foram as minhas mais sinceras observações para a cliente que conversou comigo na semana passada.

Ótimo porque ela terá a oportunidade de se reinventar, dentro da área de conhecimento técnico que domina, mas com uma forma diferente de fazer negócios.

Mudar é sempre bom, descobrir que é possível ampliar nossa compreensão sobre um assunto que já achávamos dominar, é melhor ainda! Isso nos desenvolve e aquilo que promove desenvolvimento nos faz crescer.

A empolgação pelo novo, pelo desconhecido também estava no seu discurso. Ela mencionou aquele friozinho na barriga de medo, mas que nos incentiva a seguir em frente.

Mais uma vez ótimo! Uma certa dose de medo é fundamental para crescermos de forma sustentável. Ao sentir medo, reforçamos os cuidados e ao fazer isso, evitamos, muitas vezes cometer os mesmos erros. O medo que preocupa é aquele que paralisa, não o que traz mais reflexão e atenção.

O alerta de cuidado veio de forma tão intensa quanto o de estímulo, porque não vi uma reflexão e entendimento de que atitudes ela deverá demonstrar que são diferentes das que ela sempre teve!

Isso pode acontecer com qualquer um de nós, focamos em um dos lados da mudança e ignoramos uma importante e traiçoeira faceta dela mesma.

Mudar de segmento de atuação implica, na maioria das vezes, em uma diferente forma de fazer negócios que, por sua vez, vai exigir competências diferentes das que você utilizava quando fazia negócios no velho e conhecido segmento que atuou por tantos anos. Só para iniciar a discussão:

  • Como é o ciclo de venda? Mais curto, mais longo?
  • O processo de venda tem mais ou menos etapas entre a disponibilização para comercialização e o fechamento da venda?
  • Nesse segmento vende-se produtos ou serviços?
  • Tem poucos ou muitos produtos?
  • Vende-se diretamente ao consumidor ou para intermediários?
  • Abastece a cadeia produtiva de outra empresa?
  • É um mercado mais sensível a preço, nível de serviço e/ou qualidade?
  • É um mercado com grandes volumes de venda e poucos clientes ou exatamente o oposto disso?

Pois é, poderíamos listar muitas outras perguntas que ajudam a responder um pouco de como se faz negócios em um segmento específico e, então, entender quais são os comportamentos mais valorizados.

O trabalho que iniciei com ela não tem o objetivo de diminuir sua motivação com a mudança, pelo contrário, vai ajudá-la a se integrar mais rápido ao ambiente, naquele famoso e decisivo período dos 100 primeiros dias em um novo emprego.

Ela vai desfrutar do novo sim, mas aumentando sua compreensão do que realmente é importante aprender e, assim, evitar uma possivel frustração.

Lembra da frase “contratamos pelo conhecimento técnico e demitimos pelos comportamentos?” pois é, ela só vai ouvir isso se quiser!

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Mude! Mas primeiro aceite que talvez a primeira coisa a mudar seja você mesmo! E isso será muito bom!

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