Muito se fala da busca do equilíbrio e, na minha opinião, esse texto da ABRH-RJ chamado “Equilíbrio Dinâmico”, sobre o tema do congresso desse ano, aborda perfeitamente o uso que devemos dar a essa desejada palavra quando falamos de organizações, de crescimento e sobrevivência. Afinal o equiíbrio não é estar sempre no centro de dois extremos opostos, é a capacidade de ao chegar a um desses extremos, conseguir retornar. Aproveite a leitura e caso queira se aprofundar mais no tema, corra para fazer sua inscrição para o 37o Congresso de Gestão de Pessoas, qu ocorre na semana que vem, no Rio de Janeiro, dias 10 e 11/05. Ainda dá tempo! O Salada Corporativa vai estar lá.
Até!
“Equilíbrio será a palavra chave no Congresso. Mas, por que equilíbrio? E por que dinâmico?
Num primeiro momento, o termo remete ao estado de um sistema, à harmonia, à boa proporção, à capacidade adaptativa, à moderação e à estabilidade.
A escolha do tema, no entanto, teve por princípio ir além para analisar e debater, de forma sistêmica e holística, quais podem ser as melhores estratégias para estarmos sempre alinhados a um ambiente cada vez mais mutante e desafiador.
Em outras palavras, como nos mantermos equilibrados, já que buscar o equilíbrio é saber contornar os desequilíbrios que caracterizam a vida em todas as suas instâncias e segmentos.
Nos sistemas vivos observamos um processo cíclico aonde o equilíbrio não é estático, ou seja, está constantemente estimulado por momentos de desequilíbrio, que a sua vez, levam a um subsequente nível de equilíbrio, mais evoluído, mais adaptado. Essa é a dinâmica da vida, essa é a dança da evolução, essa é a natureza do Equilíbrio Dinâmico, condição essencial para que tudo que é vivo se perpetue ao longo do tempo.
Se considerarmos a empresa como um Organismo Vivo, como vários autores defendem, então devemos aplicar a mesma dinâmica para o universo das organizações. Estas são entidades vivas, imersas num contexto de constante mudança, aprendizagem e evolução. E nesse ambiente fluido é o Equilíbrio Dinâmico que garantirá a vida das organizações ao longo do tempo.
Num âmbito aonde as diversas partes têm interesses e visões próprias, é fundamental a busca de uma relação madura entre esses diversos mundos visando a convergência por um propósito maior, a saúde do todo. O desequilíbrio “saudável” muitas vezes será o conflito necessário para que as questões venham à superfície, e com isso, a verdadeira adaptação, o crescimento que em alguns momentos poderá tomar forma de reinvenção. Na dança do Equilíbrio Dinâmico, o desequilíbrio pode ser fundamental, desde que leve a um salto maior no caminho da evolução. E o eixo que garantirá essa constante evolução terá que ser, necessariamente, o que une o humanismo ao pragmatismo, o que nos faz indivíduos e organizações virtuosos, excelentes, sustentáveis.
Nessa virada de década, há um imperativo para que as organizações sejam entidades saudáveis e virtuosas, para que, além de garantir sua sobrevivência, possam cumprir seu papel maior. É o mundo que pede, é a história que exige. E para que essa revolução da vida possa ocorrer de maneira significativa, o RH tem uma missão única, indelegável e inadiável. É o profissional de Gestão de Pessoas quem deverá facilitar o equilíbrio que possibilita estabilidade de regras e paradigmas e o desequilíbrio que gera a evolução do indivíduo e das organizações.
Nessa difícil, mas necessária função, o profissional de gestão de pessoas tem o papel de equilibrar o R e H, ora desequilibrando o R para torná-lo mais H (humano), ora desequilibrando o H para alinhá-lo à necessidade de sobrevivência pelo resultado da empresa. Nesta dinâmica o diálogo “que cria a realidade” terá papel fundamental, unindo o discurso do R com o H, e reconhecendo que no meio empresarial a posição conquistada e a garantia de resultados perenes nunca existirá.
Essa missão reforçará a importância do longo prazo sem sacrificar a operação ou os resultados do dia a dia. A integridade entre o verbo declarado e as ações praticadas será a virtude mais desejada e trabalhada, o erro deverá ser estimulado como condição para o aprendizado.
Como o equilibrista que consegue transitar entre as duas pontas da corda por dominar pedalar e se mover enquanto se equilibram, os profissionais de gestão de pessoas tem a oportunidade de promover entre o R e o H, entre o pessoal e o profissional, entre o comportamental e técnico, uma dinâmica saudável de crescimento das organizações e pessoas.”
ABRH/RJ – 37 Congresso de Gestão de Pessoas – 10 e 11/05 – Rio de Janeiro