Nos fóruns e palestras que venho participando tem aparecido a discussão de recrutar e selecionar pessoas com base nos valores, no alinhamento dos objetivos individuais aos da empresa. Cada vez mais, os profissionais que entram no mercado de trabalho, buscam atuar em algo que tenha “significado” para eles, cada vez mais demandam a existência da combinação trabalho e satisfação pessoal.
Nesse cenário, reter profissionais passa, então, pela capacidade de qualquer empresa oferecer a esses profissionais, a participação em projetos que sejam significativos para eles. Sabemos que isso não é um processo fácil, mas acredito que deva estar como uma das principais prioridades na nossa lista de desafios e objetivos de negócios.
Compartilho com vocês um artigo que ajuda a entender um pouco mais desse cenário e o caminho para chegar lá. Esse artigo, Sonhos Alinhados, é de autoria de José Augusto Figueiredo, COO da DBM América Latina, consultoria com foco em gestão do capital humano e foi publicado na Revista Endeavor de Novembro/10.
“Para um negócio prosperar, empreendedor e colaboradores devem estar em perfeita conexão.
A estratégia de negócios de toda empresa de pequeno ou médio porte baseia-se no crescimento. É esse o caminho que todos os empreendedores perseguem e que os obriga – além de serem os “pais” do negócio – a atuar como gestores, atraindo talentos que sejam capazes de almejar o mesmo sonho.
À medida que o negócio avança, mais e mais essa demanda ganha magnitude, pois é preciso contar com novas cabeças para apoiar a expansão. O ponto é que, se para o empreendedor seu sonho, visão, propósito de crescer e o caminho para isso são óbvios, sem sempre sua equipe tem a mesma compreensão.
Nesse cenário, apresenta-se o grande dilema de quem empreende: como atraiar pessoas alinhadas e motivadas para construir esse grande sonho? Como fazer com que a equipe se sinta também dona desse sonho?
Como um ser vivo
A saída para isso é, primeiro, garantir que colaboradores tenham a oportunidade de conhecer o sonho engendrado pelo empreendedor. Embora pareça simples, nem todos atentam para o fato de que, para fazer parte do sonho de alguém, afinal, é preciso conhecê-lo. O segundo passo é garantir que os colaboradores reflitam sobre seus próprios desejos e aspirações e estabeleçam uma clara conexão entre eles e o sonho da empresa e de seu empreendedor.
Somente quando isso é alcançado, o negócio funciona não como uma máquina, respondendo a comandos de terceiros, mas como um ser vivo que pulsa ao som de uma música conhecida por todos. É esse cenário em que se opera com engajamento e com todo o time aplicando suas competências, junto com o empreendedor, em prol de um objetivo comum.
Se os passos para que se chegue a esse cenário parecem fáceis, vale lembrar que viabilizá-los impõe a reflexão a respeito do propósito da empresa, o autoconhecimento para genuinamente estimular a diversidade, o exercício da contraposição de idéias e a prática do diálogo, iniciativas essenciais para quem pretende ir além.”
Espero que o artigo do José Augusto sirva de reflexão do quanto nós, gestores e profissionais, estamos efetivamente promovendo essa discussão e praticando o diálogo que ajuda pessoas e organizações a identificar seu propósito, o porque se faz negócios por aqui…
Compartilho um vídeo sobre a DBM porque acho que nos ajuda a lembrar as dimensões da gestão de pessoas que devemos nos preparar para apoiar e fazer acontecer.
[http://www.youtube.com/watch?v=ZPYSWMs6wy0]
Boa reflexão!
Alinhar os sonhos é de suma importância para a empresa e o colaborador. Trabalhar em lugar em que seus valores estão alinhados aos valores da corporação é trabalhar em um lugar em que vc pode produzir feliz e isso faz parte dos ganhos não pecuniários do pacote de remuneração. Sempre que buscamos uma organização para trabalhar é crucial olharmos o “fit” da cultura organizacional e nosso perfil profissional.
Excelente post !
Olá Antonio,
Que bom que gostou do texto!
Cada vez mais o diferencial de uma empresa estará na sua capacidade de mostrar seus valores, recrutar pessoas que admiram esse pacote e no dia a dia, mostrar que o discurso e prática estão alinhados.
Cabe a nós, como você mesmo disse, buscarmos uma situação em que escolhemos onde vamos trabalhar, não só pela remuneração, mas, principalmente, pelo ambiente em que desejamos operar e fazer negócios.
Valeu!
Tenho convivido com empresas de dono que provavelmente são a maioria no universo brasileiro e minha perspectiva tem se adaptado, ampliado. Muitos paradigmas típicos das grandes empresas nem sempre fazem sentido, nem para donos nem para empregados. Uma grande parte da população empregada tem necessidades e perspectivas diferentes do que em geral comungamos. Tendemos a fixar-nos em empresas grandes e multi nacionais. Deveríamos pesquisar mais as bases culturais de gestão de um pretenso modelo brasileiro quer seja a afinidade de valores ou a muitas ferramentas de gestão com as quais estamos acostumados. Grande desafio. Fornari
Olá Fornari,
excelente ponto! É um grande desafio, mas acredito que os jovens que estão entrando no mercado agora, trazem essa visão. Aliar trabalho e prazer, satisfação pessoal. Acho que cada vez menos ficarão em uma empresa que não consiga prover isso.
As médias empresas talvez ofereçam aí, mais oportunidades, uma vez que não estão presas às mesmas amarras das grandes multinacionais.
Quando você nos brindará com um texto seu?
O Salada Corporativa agradece e os leitores vão concordar!
Claudia Klein